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Partiu Japão? Por que Tóquio quer que cidadãos trabalhem menos

Publicada em 17/12/24 às 12:17h - 5 visualizações

por UOL


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Yuriko Koike, a governadora de Tóquio  (Foto: Reprodução/Internet)

Se um dia o Japão foi conhecido como a terra do trabalho, com longos turnos, agora a ideia é amenizar o tempo laboral durante a semana. Pelo menos para os funcionários do governo de Tóquio, um dos maiores empregadores do país, que adotará a semana de trabalho de quatro dias a partir de abril de 2025. A declaração foi feita pela governadora Yuriko Koike no dia 3 de dezembro, durante a sessão regular da Assembleia Metropolitana de Tóquio.

Por que reduzir jornada

  • Resposta à escassez de mão de obra. A medida visa melhorar as condições laborais em meio a um contexto de redução da força de trabalho;

  • Taxa de natalidade em queda. As políticas também estão relacionadas ao declínio populacional. No primeiro semestre de 2024, o Japão registrou apenas 350.074 nascimentos, 5,7% a menos que em 2023. A taxa de fertilidade é de 1,2 por mulher, muito abaixo dos 2,1 necessários para manter a população estável, de acordo com a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico);
  • Estilos de trabalho flexíveis. Koike enfatizou que a flexibilização é essencial para que as carreiras das mulheres não sejam afetadas. "Continuaremos a rever os estilos de trabalho de forma flexível para garantir que as mulheres não tenham que sacrificar suas carreiras devido a eventos da vida", disse ela durante o discurso, de acordo com o The Japan Times;
  • Licença parcial para cuidados. Um novo sistema permitirá que os funcionários reduzam suas jornadas diárias em até duas horas para cuidar dos filhos;                    

  • Iniciativas adicionais. A governadora também destacou o compromisso em lidar com a falta de vagas em creches e apoiar o congelamento de óvulos como parte do pacote de medidas; 

  • Avanço pendente e atrasado no país. "Empoderar as mulheres, uma meta que ficou muito atrás do resto do mundo, é uma questão de longa data em nosso país", comentou Koike, afirmando que superar essa situação é essencial para o futuro de homens e mulheres.



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