Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores recrutaram 18 pessoas com sobrepeso ou obesidade e que apresentavam pré-diabetes para um estudo de 4 semanas. Durante esse período, os participantes foram orientados a realizar uma dieta com baixo teor de polifenóis – um componente presente em frutas e verduras – e sem consumo de canela.
Em seguida, foram criados dois grupos, aleatoriamente: um que recebeu 16 cápsulas de canela por dia e outro que recebeu a mesma quantidade de placebo. Ambos os grupos foram instruídos a tomar 8 cápsulas no café da manhã e 8 cápsulas no jantar por 4 semanas. Após esse período, eles fizeram uma pausa de 2 semanas e, depois, trocaram de grupo e seguiram o tratamento por mais 4 semanas. Nem os participantes nem os cientistas sabiam quem recebeu placebo e quem recebeu canela.
Os níveis de glicose dos participantes foram monitorados através de um dispositivo fixado no braço, que mediam a glicemia a cada 15 minutos. Além disso, foram realizados teste oral de tolerância à glicose (TOTG) em quatro momentos do estudo. Por fim, foram coletadas amostras de sangue após jejum de 8 a 12 horas e ingestão de 75 gramas de refrigerante em seguida, além de 8 cápsulas de canela ou placebo. As amostram foram coletadas a cada 30 minutos durante 3 horas.
Segundo o estudo, os participantes que tomaram canela tiveram níveis mais baixos de glicose no sangue de maneira consistente e picos de glicose mais baixos do que aqueles que tomaram placebo. No entanto, não houve diferença nos testes orais de tolerância à glicose entre os dois grupos.
Apesar de mais estudos serem necessários para fortalecer essas descobertas, para os pesquisadores, o estudo mostra que a canela pode ser uma alternativa amplamente disponível e de baixo custo para o controle da glicose em pessoas com pré-diabetes associada a obesidade.