Desde a última semana, os novos robôs motorizados adquiridos pela Prefeitura de Feira de Santana voltaram a operar. Com o objetivo de vistoriar as redes de drenagem subterrânea do município, desta vez, o equipamento esteve realizando o monitoramento em outros pontos no bairro Panorama, entre as ruas Amado Bahia e Adalgisa Borges. Ao todo, onze vias já foram inspecionadas na cidade, inclusive localizando no Campo Limpo 16 conexões clandestinas e obstruções.
Em entrevista ao site Acorda Cidade, João Vianey, engenheiro e responsável
pela Superintendência de Obras e Manutenção (SOMA), falou sobre o que
foi possível detectar com a videoinspeção.
“Detectamos algumas obstruções. Em outros trechos da rede houve algum
comprometimento de vazão, o robô não conseguiu acessar e nós estamos
fazendo um planejamento de uma intervenção infelizmente destrutiva. Nós
vamos ter que abrir a rua para poder fazer essa avaliação pontual. Nós
temos situações de locais com mais da metade da seção obstruída e outros
locais com fluxo de água muito intenso. Nós detectamos algumas redes
que cruzam essa galeria nossa, nós temos vários lançamentos irregulares,
ligações domésticas, tem trechos que você percebe redes que estão sendo
lançadas, apesar de ter a rede de esgoto em um segmento principal da
rua. Então todos esses levantamentos nós estamos consolidando e vamos
fazer”.
Segundo Vianey, o prefeito Colbert Martins convocou uma reunião entre a
Agência Reguladora de Feira de Santana (Arfes) e a Soma para definir as
próximas ações referentes às irregularidades encontradas.
Os três Robôs Rover Explorer, que têm a capacidade de substituir a inspeção humana, se chamam ‘Pluvi’ e têm 20 kg cada. São feitos de aço inox e se assemelham ao veículo de exploração espacial, que tem quatro rodas e câmeras nos olhos. Fabricado em Goiânia pela empresa Robit Videoinspeção Robotizada, o ‘Pluvi’ tem o motor francês potente para ‘caçar’ pontos bloqueados na rede de escoamento, já tendo rodado em cidades como Brasília, Fortaleza e Rio Grande do Sul dando suporte após alagamentos e enchentes.
“Além da imagem que já dá obviamente resolução, nos dá a plena
condição de avaliar a condição da rede, a sua integridade, a extensão
que essa rede tem, a declividade, então assim, são informações
importantes, ainda mais em alguns locais como eu disse, de um acesso
complicado, locais em que as caixas não tem o posto de inspeção
impedindo o acesso, então ele é uma ferramenta importantíssima para que a
gente possa fazer essas análises e detectar a origem de certas
situações”, explicou o secretário.